A biblioteca do CLP/C apresenta
O Caminho Imperfeito, de
José Luís Peixoto.
- Sobre o livro:
Entre Banguecoque e Las Vegas, José Luís Peixoto regressa à não-ficção
com um livro surpreendente, repleto de camadas, de relações imprevistas,
transitando do relato mais íntimo às descrições mais remotas e
exuberantes.
O Caminho Imperfeito é, em si próprio, a longa viagem a uma Tailândia
para lá dos lugares-comuns do turismo, explorando aspetos menos
conhecidos da sua cultura, sociedade, história, religiosidade, entre
muitos outros.
A sinistra descoberta de várias encomendas contendo partes de corpo
humano numa estação de correios de Banguecoque fará que, com
consequências imprevisíveis, a deambulação se transforme em demanda.
Todos os episódios dessa excêntrica investigação formam O Caminho
Imperfeito e, ao mesmo tempo, constituem uma busca pelo sentido das
próprias viagens, da escrita e da vida.
- Sobre o autor:
José Luís Peixoto nasceu em Galveias, em 1974.
É um dos autores de maior destaque da literatura portuguesa
contemporânea. A sua obra ficcional e poética figura em dezenas de
antologias, traduzidas num vasto número de idiomas, e é estudada em
diversas universidades nacionais e estrangeiras.
Em 2001, acompanhando um imenso reconhecimento da crítica e do público,
foi atribuído o Prémio Literário José Saramago ao romance Nenhum Olhar. Em 2007, Cemitério de Pianos recebeu o Prémio Cálamo Otra Mirada, destinado ao melhor romance estrangeiro publicado em Espanha. Com Livro,
venceu o prémio Libro d'Europa, atribuído em Itália ao melhor romance
europeu publicado no ano anterior, e em 2016 recebeu, no Brasil, o
Prémio Oeanos com Galveias. As suas obras foram ainda finalistas
de prémios internacionais como o Femina (França), Impac Dublin (Irlanda)
ou o Portugal Telecom (Brasil). Na poesia, o livro Gaveta de Papéis recebeu o Prémio Daniel Faria e A Criança em Ruínas recebeu o Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores. Em 2012, publicou Dentro do Segredo, Uma viagem na Coreia do Norte, a sua primeira incursão na literatura de viagens. Os seus romances estão traduzidos em mais de vinte idiomas.
Na biblioteca do CLP/C existem outros livros deste autor
Abraço
A infância, o Alentejo, o amor, a escrita, a leitura, as viagens, as
tatuagens, a vida. Através de uma imensa diversidade de temas e
registos, José Luís Peixoto escreve sobre si próprio com invulgar
desassombro. Esse intimismo, rente à pele, nunca se esquece do leitor,
abraçando-o, levando-o por um caminho que passa pela ternura mais
pungente, pelo sorriso franco e por aquela sabedoria que se alcança com o
tempo e a reflexão. Este é um livro de milagre e de lucidez. Para
muitos, a confirmação. Para outros, o acesso ao mundo de um dos autores
portugueses mais marcantes das últimas décadas.
Dentro do segredo
Desde o interior da ditadura mais repressiva do mundo, desde um país
coberto por absoluto isolamento, Dentro do Segredo. Em abril de 2012,
José Luís Peixoto foi um espectador privilegiado nas exuberantes
comemorações do centenário do nascimento de Kim Il-sung, em Pyongyang,
na Coreia do Norte.
Também nessa ocasião, participou na viagem
mais extensa e longa que o governo norte-coreano autorizou nos últimos
anos, tendo passado por todos os pontos simbólicos do país e do regime,
mas também por algumas cidades e lugares que não recebiam visitantes
estrangeiros há mais de sessenta anos.
A surpreendente estreia
de José Luís Peixoto na literatura de viagens leva-nos através de um
olhar inédito e fascinante ao quotidiano da sociedade mais fechada do
mundo. Repleto de episódios memoráveis, num tom pessoal que chega a
transcender o próprio género, Dentro do Segredo é um relato sobre o
outro que, ao mesmo tempo, inevitavelmente, revela muito sobre nós
próprios.
Morreste-me
Morreste-me, texto que deu a
conhecer o jovem escritor
José Luís Peixoto, é uma obra
intensa, avassaladora e
comovente: é o relato da
morte do pai, o relato do luto,
e ao mesmo tempo uma
homenagem, uma memória
redentora.
Um livro de culto há muito
tempo indisponível no
mercado português.
Nenhum olhar
Numa aldeia do Alentejo, com um pano de fundo de uma severa pobreza, o
autor vai tecendo histórias de homens e mulheres, endurecidos pela fome e
pelo trabalho, de amor, ciúme e violência: o pastor taciturno que vê o
seu mundo desmoronar-se quando o diabo lhe conta que a mulher o engana; o
velho e sábio Gabriel, confidente e conselheiro; os gémeos siameses
Elias e Moisés, cuja terna comunhão se degrada no momento em que um
deles se apaixona; ou o próprio Diabo. As suas personagens são
universais, assim como a sua esperança face à dificuldade. «... a partir
da segunda ou terceira sequência ficamos seguros de que a inclinação é
fatal: vamos embater num limite, num muro, num enigma, na origem do
mundo e no desastre final...»
Uma casa na escuridão
«Então, fechei os olhos com força
e fixei-me no que via. Esta era
uma das coisas que fazia desde
pequeno, que tinha descoberto
por acaso e que imaginava ser eu
a única pessoa a fazer no mundo.
Fechava os olhos e via. Via o que
se vê com os olhos fechados (...)
Isto é o que se vê quando
fechados os olhos e continuamos
a ver: a cor negra e os pequenos
seres de luz que a habitam. E não
se consegue olhar fixamente nem
para o negro nem para a luz. Os
pontos ou as linhas ou as figuras
de luz fogem da atenção. O negro
é tão absoluto, tão profundo, tão
infinito que o olhar avança por
ele sem encontrar um lugar onde
possa deter-se. Mas, naquela
noite, comecei a distinguir algo
dentro desse negro.»
Livro
Este livro elege como cenário a extraordinária saga da emigração
portuguesa para França, contada através de uma galeria de personagens
inesquecíveis e da escrita luminosa de José Luís Peixoto. Entre uma vila
do interior de Portugal e Paris, entre a cultura popular e as mais
altas referências da literatura universal, revelam-se os sinais de um
passado que levou milhares de portugueses à procura de melhores
condições e de um futuro com dupla nacionalidade. Avassalador e
marcante,
Livro expõe a poderosa magnitude do sonho e a crueza,
irónica, terna ou grotesca, da realidade. Através de histórias de vida,
encontros e despedidas, os leitores de Livro são conduzidos a um final
desconcertante onde se ultrapassam fronteiras da literatura.
Livro
confirma José Luís Peixoto como um dos principais romancistas
portugueses contemporâneos e, também, como um autor de crescente
importância no panorama literário internacional.
Galveias
Galveias está entre os grandes romances alguma vez escritos sobre a ruralidade portuguesa.
O universo toca uma pequena vila com um mistério imenso. Esse é o ponto
de acesso ao elenco de personagens que compõe este romance e que,
capítulo a capítulo, ergue um mundo.
Como uma condensação de portugalidade, Galveias é um retrato de
vida, imagem despudorada de uma realidade que atravessa o país e que, em
grande medida, contribui para traçar-lhe a sua identidade mais
profunda.
Fonte: www.wook.pt