Bem-vindo ao blogue do Centro de Língua Portuguesa do Camões, IP na Universidade da Extremadura /Cáceres

Bienvenido al blog del Centro de Lengua Portuguesa del Camões, IP en la Universidad de Extremadura /Cáceres




28/02/18

DOCUCINE

O Centro de Estudos Galegos e o Centro de Língua Portuguesa do Camões, IP na Universidade da Extremadura organizam uma mostra de cinema em galego e em português.
As sessões decorrem no Salón de Actos do Instituto de Lenguas Modernas (Cáceres), às 19h00.
A entrada é gratuita e limitada à lotação da sala.

Novos livros na Biblioteca do CLP/C: "Dom Casmurro"

A Biblioteca do CLP/C apresenta Dom Casmurro de Machado de Assis, uma das obras mais importantes do realismo brasileiro.

- Sobre o livro:

Dom Casmurro conta a história de Bento Santiago (Bentinho), apelidado de Dom Casmurro por ser calado e introvertido. Em adolescente apaixona-se por Capitu, abandonando o seminário e, com ele, os desígnios traçados por sua mãe, Dona Glória, para que se tornasse padre. Casam-se e tudo corre bem, até o amor se tornar ciúme e desconfiança. A dúvida da traição de Capitu percorre toda a obra, agravada pela extraordinária semelhança do filho de ambos, Ezequiel, com Escobar, o grande amigo de Bentinho.





- Sobre o autor:




Escritor brasileiro, José Maria Machado de Assis nasceu em 1839, no Rio de Janeiro, e morreu em 1908, de pai mulato carioca e mãe açoriana. Autodidacta e ambicioso, tornou-se um clássico da língua portuguesa. Os primeiros poemas foram publicados na imprensa, seguindo-se-lhes crónicas, contos, romances e ensaios críticos. O seu primeiro livro de poesias, Crisálidas, foi publicado em 1864 e o seu primeiro romance, Ressurreição, em 1872. Iniciando a sua actividade literária em pleno Romantismo, tornou-se o autor mais imMemórias Póstumas de Brás Cubas (1881) corresponde à fase do Realismo psicológico, em que o autor vai mostrar a ambiguidade fundamental do ser humano, a incapacidade humana de conhecimento do real, substituindo-o, assim, por uma mistificação. Esta demonstração é muito mais subtil do que a análise dos meros mecanismos hereditários e sociais próprios do Naturalismo. Quincas Borba (1891), Dom Casmurro (1899), Esaú e Jacob (1904) e Memorial de Aires (1908), são as obras-primas deste período. Por elas perpassa uma trágica ironia a par com uma visão sem ilusões da sociedade urbana carioca.
portante da nova estética do Realismo e foi ainda contemporâneo do Parnasianismo e do Simbolismo.

Fonte: www.wook.pt 

Novos livros na Biblioteca do CLP/C: "Causas da Decadência dos Povos Peninsulares"

A biblioteca do CLP/C apresenta o livro Causas da Decadência dos Povos Peninsulares  (em castelhano) de Antero de Quental .

-Sobre o livro:

No casino de Lisboa, onde este discurso foi proferido em 1871, Antero de Quental analisava o que levara à estagnação e decadência de Portugal e Espanha a partir do séc. XVI, querendo daí tirar ilações para um futuro diferente. Se hoje o autor pudesse voltar a discorrer sobre o tema, o título da sua conferência seria o mesmo com uma ligeira diferença: Causas da Decadência de Portugal nos últimos 4 séculos e meio, pois 139 anos passaram desde então e, pelos menos em Portugal, continuamos a sentir que nem os nossos representantes têm força mobilizadora, séria e construtiva para reerguer o país nem o povo tem vontade de mudar a sua mentalidade fatalista, deixar de encolher os ombros e construir um Portugal ao nível das suas reais potencialidades. Este texto, mais de que um documento histórico, pode e deve actuar como um despertar de consciências e uma intimação à mudança.

 -Sobre o autor:





Escritor, poeta, filósofo, nasceu em 1842 em Ponta Delgada, na ilha de S. Miguel (Açores), e nessa mesma cidade se suicidou em 1891. Foi o mentor da Geração de 70; a célebre Carta a Castilho, de 1865, desencadeou a "Questão Coimbrã".





27/02/18

Novos filmes na Biblioteca do CLP/C: "Lá Fora"


 A biblioteca do CLP/C apresenta Lá Fora de Fernando Lopes. 

-Sobre o filme:


Laura Albuquerque é uma conhecida jornalista de televisão que se mudou recentemente para um condomínio de luxo. José Maria Cristiano é um corretor da bolsa que aí vive e que observa obsessivamente a sua nova vizinha através das câmaras de vigilância do prédio. José Maria e Laura são, sobretudo, dois seres irremediavelmente sós que, ao mesmo tempo, desejam e receiam amar e ser amados. Um dia, a jornalista convida o corretor para o seu programa de televisão e depressa se percebe a atração que sentem um pelo outro. Será que o amor ainda é possível?


 Legendado em português, françês e inglês.


Trailer: 


Novos livros na Biblioteca do CLP/C: "Um Copo de Cólera"


 A biblioteca do CLP/C apresenta Um Copo de Cólera do autor brasileiro Raduan Nassar.



 - Sobre o livro: 


 

Este romance - tão erótico quanto feroz - explora a fronteira entre o desejo de dominar e a vontade de ser dominado, entre a paixão e a submissão, expondo as complexas entranhas do amor. De tal forma tenso e vibrante, Copo de cólera rapidamente se transformou numa obra de culto da língua portuguesa.






- Sobre o autor:







Nasceu em 1935 em Pindorama (São Paulo), onde passou a infância. Adolescente, foi com a família para a cidade de São Paulo, tendo estudado direito e filosofia na USP.
Exerceu diversas atividades e estreou-se na literatura em 1975, com Lavoura Arcaica. Tem livros traduzidos em Espanha, França e Alemanha e é considerado um dos maiores estilistas da língua portuguesa. Venceu em 2016 o Prémio Camões.

Fonte: www.wook.pt 

Novos livros na Biblioteca do CLP/C: "Eu Sou a Árvore"

A biblioteca do CLP/C apresenta  Eu Sou a Árvore de Possidónio Cachapa. 



-Sobre o livro:
 


No seu esperado regresso ao romance, Possidónio Cachapa colhe um livro onde a Natureza e o Homem vivem misturados, moldando-se e afeiçoando-se mutuamente, enquanto o tempo se some como um carreiro de água em terra seca.
O regresso de um dos autores mais aclamados da literatura portuguesa.







-Sobre o autor:



Escritor, argumentista e realizador, português. Nasceu em Évora, na planície alentejana, onde passou a infância e o início da adolescência, antes de partir para os Açores e daí para outros lugares do mundo, presentes, frequentemente, na sua obra. Autor de diversos romances, contos e novelas, entre os quais se destacam Nylon da Minha Aldeia (1997), adaptado ao cinema, e Materna Doçura (1998), além de diversos contos, crónicas, livros infantis e peças de teatro. Entre outros filmes realizou Adeus à Brisa, sobre a vida e obra de outro escritor, Urbano Tavares Rodrigues. A sua obra está traduzida em vários países, sendo objeto de teses universitárias internacionais e de adaptações a vários géneros artísticos.

Fonte: www.wook.pt

13/02/18

Lenços dos Namorados



Diz-se que a origem dos "lenços dos namorados" remonta aos Séculos XVII - XVIII, quando as Senhoras bordavam para passar tempo, sendo que, ao longo dos anos, foram sendo adaptados para as mulheres do povo.

No início, estes lenços faziam parte do vestuário feminino e tinham apenas uma função decorativa. Eram lenços quadrados, de linho ou algodão, bordados conforme o gosto de cada um.
No entanto, estes lenços tinham outra função: a conquista do namorado.
Uma rapariga, quando chegava à idade de casar, começava a bordar um lenço em linho ou algodão.

Depois de bordado, o lenço era entregue ao namorado ou "conversado" e era em conformidade com a atitude do namorado usar publicamente ou não, que se decidia o namoro. Se aceitasse, poria o lenço por cima do seu casaco domingueiro, ou colocava-o ao pescoço com o nó voltado para a frente, ou usava-o na aba do chapéu ou até mesmo na ponta do pau que era costume o rapaz trazer consigo. Caso contrário, o lenço voltaria às mãos da rapariga. Se por acaso ele aceitasse mas, mais tarde, trocasse de parceira, fazia chegar à sua antiga pretendida o lenço, e outros objetos que lhe pertencessem, como fotografias, cartas ... 


 

Podia também acontecer os lenços serem motivo de uma simples brincadeira ou troca de palavras. Nas festas os rapazes tiravam os lenços das raparigas simulando uma ligação amorosa. Quando o rapaz já tinha namorada o facto de simular uma ligação com outra ao roubar-lhe o lenço era muitas vezes motivo de desavença entre a sua namorada e aquela a quem o lenço tinha sido roubado. Quando eram utilizados pelas suas "donas" no seu traje de festa, os lenços eram colocados do lado direito da cintura, deixando pender uma das pontas, dando assim à sua indumentária uma graciosidade particular.


 Os lenços representam o sentimento da rapariga em relação ao rapaz, escrevendo pequenos versos de amor ou símbolos. Damos conta muitas vezes, de erros ortográficos nestes lenços, que denunciam a falta de instrução da época. 

 
  Sendo bordados a ponto cruz, estes lenços eram muito trabalhosos e morosos, obrigando a "bordadeira" a ser muito paciente e cuidadosa na sua confeção.
Com o passar dos tempos, foram utilizando outros tipos de pontos mais fáceis e rápidos de bordar. Com esta alteração a decoração inicial dos lenços vai modificando, as originais cores de preto e vermelho dão origem a uma série de outras cores e outros motivos de decoração, não se perdendo nunca o objetivo principal!





 Sites consultados:

Novos livros na Biblioteca do CLP/C: "O Caminho Imperfeito"

A biblioteca do CLP/C apresenta O Caminho Imperfeito, de José Luís Peixoto.

- Sobre o livro:


Entre Banguecoque e Las Vegas, José Luís Peixoto regressa à não-ficção com um livro surpreendente, repleto de camadas, de relações imprevistas, transitando do relato mais íntimo às descrições mais remotas e exuberantes. O Caminho Imperfeito é, em si próprio, a longa viagem a uma Tailândia para lá dos lugares-comuns do turismo, explorando aspetos menos conhecidos da sua cultura, sociedade, história, religiosidade, entre muitos outros.

A sinistra descoberta de várias encomendas contendo partes de corpo humano numa estação de correios de Banguecoque fará que, com consequências imprevisíveis, a deambulação se transforme em demanda. Todos os episódios dessa excêntrica investigação formam O Caminho Imperfeito e, ao mesmo tempo, constituem uma busca pelo sentido das próprias viagens, da escrita e da vida. 
 

- Sobre o autor:


José Luís Peixoto nasceu em Galveias, em 1974.

É um dos autores de maior destaque da literatura portuguesa contemporânea. A sua obra ficcional e poética figura em dezenas de antologias, traduzidas num vasto número de idiomas, e é estudada em diversas universidades nacionais e estrangeiras.

Em 2001, acompanhando um imenso reconhecimento da crítica e do público, foi atribuído o Prémio Literário José Saramago ao romance Nenhum Olhar. Em 2007, Cemitério de Pianos recebeu o Prémio Cálamo Otra Mirada, destinado ao melhor romance estrangeiro publicado em Espanha. Com Livro, venceu o prémio Libro d'Europa, atribuído em Itália ao melhor romance europeu publicado no ano anterior, e em 2016 recebeu, no Brasil, o Prémio Oeanos com Galveias. As suas obras foram ainda finalistas de prémios internacionais como o Femina (França), Impac Dublin (Irlanda) ou o Portugal Telecom (Brasil). Na poesia, o livro Gaveta de Papéis recebeu o Prémio Daniel Faria e A Criança em Ruínas recebeu o Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores. Em 2012, publicou Dentro do Segredo, Uma viagem na Coreia do Norte, a sua primeira incursão na literatura de viagens. Os seus romances estão traduzidos em mais de vinte idiomas. 

Na biblioteca do CLP/C existem outros livros deste autor


Abraço 


A infância, o Alentejo, o amor, a escrita, a leitura, as viagens, as tatuagens, a vida. Através de uma imensa diversidade de temas e registos, José Luís Peixoto escreve sobre si próprio com invulgar desassombro. Esse intimismo, rente à pele, nunca se esquece do leitor, abraçando-o, levando-o por um caminho que passa pela ternura mais pungente, pelo sorriso franco e por aquela sabedoria que se alcança com o tempo e a reflexão. Este é um livro de milagre e de lucidez. Para muitos, a confirmação. Para outros, o acesso ao mundo de um dos autores portugueses mais marcantes das últimas décadas.


 Dentro do segredo

Desde o interior da ditadura mais repressiva do mundo, desde um país coberto por absoluto isolamento, Dentro do Segredo. Em abril de 2012, José Luís Peixoto foi um espectador privilegiado nas exuberantes comemorações do centenário do nascimento de Kim Il-sung, em Pyongyang, na Coreia do Norte.

Também nessa ocasião, participou na viagem mais extensa e longa que o governo norte-coreano autorizou nos últimos anos, tendo passado por todos os pontos simbólicos do país e do regime, mas também por algumas cidades e lugares que não recebiam visitantes estrangeiros há mais de sessenta anos.

A surpreendente estreia de José Luís Peixoto na literatura de viagens leva-nos através de um olhar inédito e fascinante ao quotidiano da sociedade mais fechada do mundo. Repleto de episódios memoráveis, num tom pessoal que chega a transcender o próprio género, Dentro do Segredo é um relato sobre o outro que, ao mesmo tempo, inevitavelmente, revela muito sobre nós próprios.

Morreste-me 

 


Morreste-me, texto que deu a conhecer o jovem escritor José Luís Peixoto, é uma obra intensa, avassaladora e comovente: é o relato da morte do pai, o relato do luto, e ao mesmo tempo uma homenagem, uma memória redentora.
Um livro de culto há muito tempo indisponível no mercado português.




Nenhum olhar

Numa aldeia do Alentejo, com um pano de fundo de uma severa pobreza, o autor vai tecendo histórias de homens e mulheres, endurecidos pela fome e pelo trabalho, de amor, ciúme e violência: o pastor taciturno que vê o seu mundo desmoronar-se quando o diabo lhe conta que a mulher o engana; o velho e sábio Gabriel, confidente e conselheiro; os gémeos siameses Elias e Moisés, cuja terna comunhão se degrada no momento em que um deles se apaixona; ou o próprio Diabo. As suas personagens são universais, assim como a sua esperança face à dificuldade. «... a partir da segunda ou terceira sequência ficamos seguros de que a inclinação é fatal: vamos embater num limite, num muro, num enigma, na origem do mundo e no desastre final...» 

Uma casa na escuridão

«Então, fechei os olhos com força e fixei-me no que via. Esta era uma das coisas que fazia desde pequeno, que tinha descoberto por acaso e que imaginava ser eu a única pessoa a fazer no mundo. Fechava os olhos e via. Via o que se vê com os olhos fechados (...) Isto é o que se vê quando fechados os olhos e continuamos a ver: a cor negra e os pequenos seres de luz que a habitam. E não se consegue olhar fixamente nem para o negro nem para a luz. Os pontos ou as linhas ou as figuras de luz fogem da atenção. O negro é tão absoluto, tão profundo, tão infinito que o olhar avança por ele sem encontrar um lugar onde possa deter-se. Mas, naquela noite, comecei a distinguir algo dentro desse negro.»


Livro  

Este livro elege como cenário a extraordinária saga da emigração portuguesa para França, contada através de uma galeria de personagens inesquecíveis e da escrita luminosa de José Luís Peixoto. Entre uma vila do interior de Portugal e Paris, entre a cultura popular e as mais altas referências da literatura universal, revelam-se os sinais de um passado que levou milhares de portugueses à procura de melhores condições e de um futuro com dupla nacionalidade. Avassalador e marcante, Livro expõe a poderosa magnitude do sonho e a crueza, irónica, terna ou grotesca, da realidade. Através de histórias de vida, encontros e despedidas, os leitores de Livro são conduzidos a um final desconcertante onde se ultrapassam fronteiras da literatura. Livro confirma José Luís Peixoto como um dos principais romancistas portugueses contemporâneos e, também, como um autor de crescente importância no panorama literário internacional. 


Galveias  

 Galveias está entre os grandes romances alguma vez escritos sobre a ruralidade portuguesa.
O universo toca uma pequena vila com um mistério imenso. Esse é o ponto de acesso ao elenco de personagens que compõe este romance e que, capítulo a capítulo, ergue um mundo.

Como uma condensação de portugalidade, Galveias é um retrato de vida, imagem despudorada de uma realidade que atravessa o país e que, em grande medida, contribui para traçar-lhe a sua identidade mais profunda.



Fonte: www.wook.pt

Novos livros na Biblioteca do CLP/C: "Moyambe"

A Biblioteca do CLP/C tem o prazer de apresentar o romance "Moyambe", do escritor angolano Pepetela

Sobre o livro: 

"Mayombe começa com um comunicado de guerra. Eu escrevi o comunicado e...o comunicado pareceu-me muito frio, coisa para jornalista, e eu continuei o comunicado de guerra para mim, assim nasceu o livro." - Pepetela



Escrito no período em que Pepetela participou na guerra pela libertação do seu país, Mayombe é uma narrativa que mergulha fundo na organização dos combatentes do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), trazendo à tona as suas dúvidas, contradições, medos e convicções. Os bravos guerrilheiros que lutam no interior da densa floresta tropical confrontam-se não só com as tropas portuguesas, mas também com as diferenças culturais e sociais que procuram superar em direcção a uma Angola unificada e livre.








Sobre o autor:

Pepetela (Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos) nasceu em Benguela, Angola, em 1941. Frequentou o Ensino Superior em Lisboa mas acabou por licenciar-se em Sociologia, em Argel, durante o exílio. Iniciou a sua actividade literária e política na Casa dos Estudantes do Império. Como membro do MPLA, participou activamente na governação de Angola, após o 25 de Abril.
A partir de 1984, foi professor na Universidade Agostinho Neto, em Luanda, e tem sido dirigente de associações culturais, com destaque para a União de Escritores Angolanos e a Associação Cultural Recreativa Chá de Caxinde.
A atribuição do Prémio Camões (1997) confirmou o seu lugar de destaque na literatura lusófona. 

 Na biblioteca do CLP/C existem outros livros deste autor: 




 "Jaime Bunda, Agente Secreto"

"A moça se despediu da amiga e avançou para a avenida. Ainda conservava nos lábios o sorriso da despedida, quando parou bruscamente, assustada com o automóvel preto. O carro também estacou de súbito. O condutor viu o sorriso desaparecer dos lábios dela. Mediu num relance o tamanho dos seios pontudos, querendo furar o vestido muito curto. Esperou gentilmente que se refizesse do susto e continuasse a travessia. Ela hesitou, mas depois agradeceu com um vago sorriso para os vidros escuros e correu à frente do carro, mostrando o corpo meio de menina meio de mulher, moldado pelo vestido justo. Uma gazela, uma cabra de rabo de leque, pensou o motorista, sentindo compulsivos apetites de caçador. Arrancou com o carro e seguiu até ao fundo da Ilha."

                                                                          "Jaime Bunda e a Morte do Americano"
"Então não havia o Afeganistão, a Somália, o Irão ou a Colômbia, países ideais para um americano morrer de morte matada, sem levantar muitas comoções nem pasmos, pois eram territórios já habituados a serem tratados de promotores e antros de horripilantes anti americanismos ? Aí tanto fazia, mais um menos um, não provocava qualquer crise mundial. Porque iria logo escolher a pacífica Benguela, onde, de memória de gente, nunca nenhum americano tinha morrido, nem mesmo quando os ianques andaram a apoiar, abertamente ou de caxexe, os famigerados terroristas, linguagem oficial de um dos lados, lídimos e heróicos defensores da democracia no dizer do outro lado? Mas foi isso que aconteceu, o engenheiro gringo bateu subitamente a caçoleta na pachorrenta cidade das acácias rubras, para grande tristeza e preocupação dos governantes, locais e nacionais, e perante a indiferença da maioria da população, ocupada na legítima e cada vez mais problemática azáfama de sobreviver."



"Yaka"

 «A saga do dia-a-dia de um país atrasado se transformando em nação, de angolanos pretos e brancos começando a construir aquela formosa e doce terra de Angola, ciosa de suas línguas nacionais, disposta a todos os sacrifícios para chegar ao futuro conservando suas múltiplas vozes e guarda em si a água viva dos afluentes.» António Callado.










Fonte: www.wook.pt 

06/02/18

Conferência «Desenvolvimiento socio-económico de Portugal durante la Primera Guerra Mundial. La difícil situación en la zona fronteriza»

 
 
 
No âmbito da exposição Portugal e a Grande Guerra Contextos e Protagonistas (1914-1918), organizada pelo Centro de Língua Portuguesa/Camões IP em Cáceres, em colaboração com o Museo de Cáceres e com a Diputación de Cáceres, terá lugar, no próximo dia 15 de fevereiro, às 19h30, no Museo de Cáceres, a conferência “Desenvolvimiento socio-económico de Portugal durante la Primera Guerra Mundial. La difícil situación en la zona fronteriza “, da responsabilidade do Prof. Doutor Moisés Cayetano Rosado. 
A conferência será antecedida pela exibição do documentário “Portugueses nas trincheiras, realizado por Sofia Leite e António Louçã.

Novos filmes na biblioteca do CLP/C: "Entre os Dedos"

A biblioteca do CLP/C apresenta o drama português Entre os Dedos de Tiago Guedes e Federico Sena.

 - Sobre o filme:

Após uma derrocada numa obra, Paulo (Filipe Duarte) perde o emprego porque denunciou a situação. A sua relação com a mulher (Isabel Abreu) vai deteriorando-se dia após dia. Anabela, a irmã de Paulo, vive com o pai de ambos, que sofre síndrome do ultramar. Bela (Lavínia Moreira) é enfermeira e o único conforto de um doente terminal.

Famílias grandes noutros tempos e que agora se limitam a sobreviver dentro do destino que lhes coube. Uns resistem e esbracejam, lutam e não se conformam, outros deixam cair os braços e desistem. 

Com legendas em português.

Trailer: 



01/02/18

Novos livros na Biblioteca do CLP/C: "Caderno de Memórias Coloniais" e "A Gorda"

A biblioteca do CLP/C apresenta dois novos livros: Caderno de Memórias Coloniais e A Gorda da escritora Isabela Figueiredo. 

 Caderno de Memórias de Coloniais

- Sobre o livro:

«O Caderno de Memórias Coloniais relata a história de uma menina a caminho da adolescência, que viveu essa fase da vida no período tumultuoso do final do Império colonial português.
O cenário é a cidade de Lourenço Marques, hoje Maputo, espaço no qual se movem as duas personagens em luta: pai e filha.» 

Isabela Figueiredo, in «Palavras prévias»

 
 «Nenhum livro restitui, melhor do que este, a verdade nua e brutal do colonialismo português em Moçambique. Até porque, como a autora refere, ele aparece envolvido pelo mito da sua mansuetude - sobretudo quando comparado, como era sempre, com o apartheid sul-africano. Mito tão interiorizado pelos próprios colonos que através dele, como por uma lente, percepcionavam a realidade de que constituíam um elemento decisivo - como considerar-se a si mesmos violentos e prepotentes no tratamento que davam aos negros?


A verdade escondia-se sob a boa consciência necessária à regularidade quotidiana da vida «paradisíaca» dos brancos. Para a desenterrar era preciso ir procurá-la nas sensações infinitamente vibráteis e virgens de uma menina, filha de colonos, que vivia à flor da pele o sentido mais profundo de tudo o que acontecia.»

José Gil, in «Sobre Caderno de Memórias Coloniais» 


A Gorda

- Sobre o livro:

Maria Luísa, a heroína deste romance, é uma bela rapariga, inteligente, boa aluna, voluntariosa e com uma forte personalidade. Mas é gorda. E isto, esta característica física, incomoda-a de tal modo que coloca tudo o resto em causa. Na adolescência sofre, e aguenta em silêncio, as piadas e os insultos dos colegas, fica esquecida, ao lado da mais feia das suas colegas, no baile dos finalistas do colégio. Mas não desiste, não se verga, e vai em frente, gorda, à procura de uma vida que valha a pena viver.



 - Sobre a escritora:

Isabela Figueiredo nasceu em Lourenço Marques, Moçambique, hoje Maputo, em 1963. Após a independência de Moçambique, em 1975, rumou a Portugal, incorporando o contingente de retornados. Foi jornalista no Diário de Notícias e é professora de Português. Estudou Línguas e Literaturas Lusófonas, Sociologia das Religiões e Questões de Género. Publicou os seus primeiros textos no extinto suplemento DN Jovem, do Diário de Notícias, em 1983.

É autora de Conto É Como Quem Diz (Odivelas: Europress, 1988), novela que recebeu o primeiro prémio da Mostra Portuguesa de Artes e Ideias, em 1988, e de Caderno de Memórias Coloniais, cuja primeira edição data de 2009. Escreve regularmente no blogue Novo Mundo. Desenvolve workshops de escrita criativa e participa em seminários e conferências sobre as suas principais áreas de interesse: estratégias de poder, de exclusão/inclusão, colonialismo dos territórios, géneros, corpo, culturas e espécies.

Fonte: www.wook.pt

EXAMES DE PORTUGUÊS LÍNGUA ESTRANGEIRA EM CÁCERES - CAPLE - MAIO 2018

 

ÉPOCA DE MAIO 2018  

 

O Centro de Língua Portuguesa do Camões,IP, em Cáceres, que é o Centro de Exames Oficial CAPLE em Cáceres, informa que as inscrições para a realização, em Cáceres, dos exames de avaliação de Português Língua Estrangeira na época de maio de 2018 estão abertas até dia 27 de abril e são limitadas.


As inscrições são realizadas exclusivamente on-line através da plataforma do CAPLE disponível em http://caple.letras.ulisboa.pt/pages/view/17 .
 
Após a inscrição, o candidato receberá uma mensagem eletrónica com os procedimentos para realizar o pagamento.



Atenção: o pagamento é feito unicamente através de transferência bancária para a conta que receber na mensagem eletrónica.

A sua inscrição só será validada depois de ter sido realizado o pagamento e rececionado o respetivo comprovativo original pelo Centro de Língua Portuguesa/ Camões na UEx.

  
Para obter mais informações sobre cada exame pode consultar:


https://clpcaceres.wixsite.com/caplecaceres

 http://caple.letras.ulisboa.pt/ 

 
As datas para a época de maio são:

  • CIPLE (A2): 29/05/2018
  • DEPLE (B1): 30/05/2018
  • DIPLE (B2): 30/05/2018
  • DAPLE (C1): 29/05/2018
  • DUPLE (C2): 28/05/2018