Fernando Campos, o conhecido autor e membro da Academia das Ciências de Lisboa, morreu no pasado dia 1 de abril.
Filho do pintor Alberto da Silva Campos, foi professor de latim no ensino secundário e publicou o seu romance mais conhecido - A casa do pó - em 1986, com 62 anos. Este romance, que demorou 11 anos a fazer-se, foi um autêntico sucesso segundo Maria da Piedade Ferreira, criadora da editora Quetzal, porque “era o começo do boom do romance histórico, era um tema português, passava-se em Portugal, era bem escrito. Foi esse conjunto de factos que fez vender o livro, fundamentalmente a moda que estava a começar dos romances históricos, e não havia muita coisa passada em Portugal.”
Publicou também outras obras como a sátira literária O Homem da Máquina de Escrever , ou A Esmeralda Partida, romance histórico sobre a figura de D. João II, que lhe valeu o Prémio Eça de Queiroz.