O CLP/C apresenta Fronteiras Perdidas e Estação das Chuvas, de José Eduardo Agualusa.
Sobre os livros:
- Fronteiras Perdidas
Um morto da guerra descansa numa caneca de leite, a meio da noite, em
Luanda. Está um passageiro transformado em serpente no lavabo de um
avião. Um elevador, no Recife, foi desviado para Cuba por alturas do
quarto andar. Um hotel em que alguém afirma que dormiu está abandonado
há anos. E Plácido Domingo contempla o rio, em Corumbá. O sonho, o
delírio, a vergonha, a fé, a pele, a memória, o feitiço, o nome, o ódio e
a entrega são territórios de exílio e, nessa condição, lugares de
morança.
Misturam-se com uma fluidez voraz: são fronteiras
perdidas, linhas de vida de outra maneira, um catálogo de paisagens
oníricas. Histórias que não são visíveis mas são visitáveis. Este livro é
um caminho para elas e encerra pequenas sabedorias, sendo a maior: não
existem sítios, apenas posições. E como diz um dos percursos: «Não há
mais lugar de origem.»
- Estação das Chuvas

Biografia romanceada de Lídia do Carmo Ferreira, poetisa e historiadora angolana, misteriosamente desaparecida em Luanda, em 1992, após o recomeço da guerra civil, transporta-nos desde o início do século até aos nossos dias através de um cenário violento e inquietante. Um jornalista (o narrador) tenta descobrir o que aconteceu a Lídia, reconstruindo o seu passado e recuperando a história proibida do movimento nacionalista angolano; pouco a pouco, enquanto a loucura se apropria do mundo, compreende que o destino de Lídia já não se distingue do seu.
- Sobre o autor:

Na biblioteca do CLP/C existem outros livros deste autor:
O Ano em Que Zumbi Tomou o Rio

Catálogo de Sombras

O conjunto
de contos aqui reunidos organiza-se, na sua aparente diversidade, com
uma coerência estruturada por uma espécie de «lógica onírica», onde as
paisagens históricas, sociais, metafísicas e morais, confluem numa
operação de invenção imaginária.
... O primeiro grupo de contos,
estórias acontecidas, fundamenta-se em acontecimentos históricos, como é
o caso da vida de D. Nicolau Água-Rosada, príncipe do Reino do Congo,
ou ainda em acontecimentos do quotidiano noticiados em jornais, factos
cuja importância a selecção mais ou menos arbitrária da história não
memorizou, mas entre uns e outros um mesmo processo se desenvolve: o
carácter surpreendente da sua aparente normalidade.
... Procura-se mostrar o momento em que a história se transforma em literatura, em artifício, e o modo como a subjectividade do narrador que, voluntariamente vai ficcionalizando a história, faz com que o facto literário ganhe precedente sobre o histórico, ou o ilumine com a imaginação intemporal da visão onírica. Nesta perspectiva, qual será a memória com que o leitor ficará acerca de D. Nicolau, será a do príncipe morto a machete ou a que nos sugere o conto, teatralmente flutuante junto à lua, qual ícaro prestidigitador que permanece sonhando os movimentos ascensionais de vôo em direcção à liberdade e à autonomia?
Ana Mafalda Leite (no posfácio a este livro)
O Vendedor de Passados
Félix Ventura escolheu um estranho ofício: vende passados falsos. Os
seus clientes - prósperos empresários, políticos, generais, enfim, a
emergente burguesia angolana - têm o futuro assegurado. Falta-lhes,
porém, um bom passado. Félix fabrica-lhes uma genealogia de luxo e
memórias felizes, e consegue-lhes os retratos dos ancestrais ilustres.
Ao morrer, o famoso compositor angolano Faustino Manso deixou sete viúvas e dezoito filhos. A filha mais nova, Laurentina, realizadora de cinema, tenta então reconstruir a atribulada vida do falecido músico. Em As Mulheres do Meu Pai, realidade e ficção correm lado a lado, a primeira alimentando a segunda. Nos territórios que José Eduardo Agualusa atravessa, porém, a ficção participa da realidade. As quatro personagens do romance que o autor escreve, enquanto viaja, vão com ele de Luanda, capital de Angola, até Benguela e Namibe.
Cruzam as
areias da Namíbia e as suas povoações-fantasma, alcançando finalmente
Cape Town, na África do Sul. Continuam depois, rumo a Maputo, e de
Maputo a Quelimane, junto ao rio dos Bons Sinais - e dali até à ilha de
Moçambique. Percorrem, nesta deriva, paisagens que fazem fronteira com o
sonho, e das quais emergem, aqui e ali, as mais estranhas personagens.
As Mulheres do Meu Pai é um romance sobre mulheres, música e magia.
Nestas páginas anuncia-se o renascimento de África, continente afetado por problemas terríveis, mas abençoado pelo talento da música, o sempre renovado vigor das mulheres e o secreto poder de deuses muito antigos.
A Rainha Ginga
A Rainha Ginga, conta a vida fantástica de Dona Ana de Sousa, a Rainha Ginga (1583-1663), cujo título real em quimbundo, "Ngola", deu origem ao nome português para aquela região de África.
É a história de uma relação de amor e de combate permanente entre Angola e Portugal, narrada por um padre pernambucano que atravessou o mar e recorda personagens maravilhosos e esquecidos da nossa história - tendo como elemento central a Rainha Ginga e o seu significado cultural, religioso, étnico e sexual para o mundo de hoje.
Um Estranho em Goa

... Procura-se mostrar o momento em que a história se transforma em literatura, em artifício, e o modo como a subjectividade do narrador que, voluntariamente vai ficcionalizando a história, faz com que o facto literário ganhe precedente sobre o histórico, ou o ilumine com a imaginação intemporal da visão onírica. Nesta perspectiva, qual será a memória com que o leitor ficará acerca de D. Nicolau, será a do príncipe morto a machete ou a que nos sugere o conto, teatralmente flutuante junto à lua, qual ícaro prestidigitador que permanece sonhando os movimentos ascensionais de vôo em direcção à liberdade e à autonomia?
Ana Mafalda Leite (no posfácio a este livro)
O Vendedor de Passados

A
vida corre-lhe bem. Uma noite entra-lhe em casa, em Luanda, um
misterioso estrangeiro à procura de uma identidade angolana. Então, numa
vertigem, o passado irrompe pelo presente e o impossível começa a
acontecer. Sátira feroz, mas divertida e bem-humorada, à atual sociedade
angolana, O Vendedor de Passados é também (ou principalmente) uma
reflexão sobre a construção da memória e os seus equívocos.
As Mulheres do Meu Pai
Ao morrer, o famoso compositor angolano Faustino Manso deixou sete viúvas e dezoito filhos. A filha mais nova, Laurentina, realizadora de cinema, tenta então reconstruir a atribulada vida do falecido músico. Em As Mulheres do Meu Pai, realidade e ficção correm lado a lado, a primeira alimentando a segunda. Nos territórios que José Eduardo Agualusa atravessa, porém, a ficção participa da realidade. As quatro personagens do romance que o autor escreve, enquanto viaja, vão com ele de Luanda, capital de Angola, até Benguela e Namibe.

Nestas páginas anuncia-se o renascimento de África, continente afetado por problemas terríveis, mas abençoado pelo talento da música, o sempre renovado vigor das mulheres e o secreto poder de deuses muito antigos.
A Rainha Ginga
A Rainha Ginga, conta a vida fantástica de Dona Ana de Sousa, a Rainha Ginga (1583-1663), cujo título real em quimbundo, "Ngola", deu origem ao nome português para aquela região de África.
É a história de uma relação de amor e de combate permanente entre Angola e Portugal, narrada por um padre pernambucano que atravessou o mar e recorda personagens maravilhosos e esquecidos da nossa história - tendo como elemento central a Rainha Ginga e o seu significado cultural, religioso, étnico e sexual para o mundo de hoje.
Um Estranho em Goa

"O Diabo nunca anda muito longe do Paraíso" - lembra um dos personagens. Neste maravilhoso romance - que é, também, uma biografia do Diabo -, ele pode estar em toda a parte. O que une, afinal, um traficante de relíquias religiosas, uma bela e misteriosa historiadora de arte, especializada na recuperação de livros antigos, ou um sedutor empresário neopagão? E quem é Plácido Domingo?
Fonte: www.wook.pt