Sinopse
Porque nunca são
demais, esta colheita de poemas propõe abrir mais uma porta, ou janela, se
preferirem, para a poesia.
Um pequeno contributo para que, de facto, possamos
ir ao encontro de uma realidade ainda um pouco distante, ou seja, uma
verdadeira diversidade na oferta deste género, pois se as boas antologias de
poesia portuguesa para infância são raras e, por vezes, pouco diversas em
conteúdo, o que dizer da praticamente inexistente tradução de poesia
estrangeira.
Eis a razão pela qual decidimos começar a nossa incursão pela
poesia desta forma, traduzindo alguns poemas intemporais de paragens tão
distantes como Cuba, Canadá, Argentina, E.U.A, Venezuela, e autores como Maria
Elena Walsh, David Chericián, Javier Villafañe, entre outros, que pela primeira
vez são traduzidos para português.
Por outro lado, quisemos textos que
celebrassem a palavra e o riso em tempos de verborreia e siso, poemas que pedem
uma leitura em voz alta, onde voz e corpo se fundem para jogar com as palavras.
Textos que convocam o lúdico numa linguagem de perguntas e não de respostas,
mas acima de tudo, poemas sem idade que arremessassem humor e absurdo contra
lindas palavras ocas que tanto contribuem para o preconceito face à poesia e a
transformam numa "criança amuada".
Sinopse
O meu Avô acorda todos os dias às 6 da manhã. O Dr. Sebastião acorda às 7. Cruzam-se todos os dias à mesma hora.
O meu Avô já teve uma loja de relógios. Agora tem bastante tempo. O Dr. Sebastião não é relojoeiro nem tem tempo a perder.
O meu Avô tem aulas de alemão e aulas de pilates. Escreve cartas de amor (ridículas) e faz regularmente piqueniques na relva, comme il faut.
Depois, ainda tem tempo para ir buscar-me à escola…
De Pessoa a Manet, de Almada a Tati, um livro repleto de referências artísticas.