mudinha e quietinha
pé ante pé há-de chegar a norte:
alminha vagabunda, enquanto ofegassão as gotas da vida cabras cegas
na hora escapulida que te exporte.
alguém dirá
que ao criador te entregas,
terás um
atavio em lenho fortee um necrológio do melhor recorte:
azar, lampejos, erros teus, refregas.
se da outra
vida algum contacto póstumo
acaso se
consente então a sós tu modirás depois e se gostaste ou não.
mas se não
for assim não ficas mal
mudinha e
quietinha. por sinal,há gente bem pior no panteão.
in "Poesia 1997/2000"
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