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15/10/20

Manuel da Fonseca

 

(1911 – 1993)

Biografia

Manuel da Fonseca nasceu em 15 de Outubro de 1911, em Santiago do Cacém, e aí se manteve até completar a instrução primária. Desde muito cedo se iniciou no mundo da leitura, por influência do pai. Na escola, cultivava a paixão pela escrita.

A continuação dos estudos levou-o a Lisboa onde frequentou o colégio Vasco da Gama, o Liceu Camões e a Escola Lusitânia e, mais tarde, a Escola de Belas Artes. 

Teve os primeiros empregos no comércio e na indústria. Apesar de muito ocupado, (amante do toureio e do desporto), jogou futebol, interessou-se pela espada e florete, chegando a ganhar um campeonato de boxe.

Em 1925, publicou num semanário de província os seus primeiros versos e narrativas.


Neo-realismo português

Nome maior do neo-realismo português, Manuel da Fonseca afirma-se na literatura como romancista, poeta e cronista, começando a sua actividade literária, muito jovem, como colaborador de jornais e revistas – O Pensamento, Vértice, O Diabo, Seara Nova, Sol Nascente - contribuindo com crónicas e contos. Como cenário do que escrevia estava o Alentejo, as suas gentes, as suas vidas, as suas lutas. Toda a sua obra é atravessada pelo Alentejo e pelo povo.

Fez parte do grupo do Novo Cancioneiro, tendo então uma intervenção social e política muito importante, retratando o povo, a sua vida, as suas misérias e as suas riquezas, exaltando-o.

O primeiro livro de poemas de Manuel da Fonseca, Rosa dos Ventos, e Planície, publicados respectivamente
nos anos 1940 e 1941, são os primeiros passos da poesia neo-realista. A publicação de “Rosa dos Ventos” em 1940, altura em que o neo-realismo na poesia não conseguira ultrapassar a inconsistência de algumas tentativas exploratórias, veio viabilizar uma alternativa ao presencismo dominante”.
 Da sua obra como romancista destacam-se Cerromaior (1943) e Seara do Vento (1958), duas das obras que melhor representam o neo-realismo português.

Escreveu vários contos: Aldeia Nova (1942), O Fogo e as Cinzas (1951), Um Anjo no Trapézio (1968) e Tempo de Solidão (1973) são os principais.


 

Fonte: Jornal Tornado