(1911 – 1993)
Biografia
Manuel da Fonseca nasceu em 15 de
Outubro de 1911, em Santiago do Cacém, e aí se manteve até completar a
instrução primária. Desde muito cedo se iniciou no mundo da leitura, por
influência do pai. Na escola, cultivava a paixão pela escrita.
A continuação dos estudos levou-o
a Lisboa onde frequentou o colégio Vasco da Gama, o Liceu Camões e a Escola
Lusitânia e, mais tarde, a Escola de Belas Artes.
Teve os primeiros empregos no
comércio e na indústria. Apesar de muito ocupado, (amante do toureio e do
desporto), jogou futebol, interessou-se pela espada e florete, chegando a
ganhar um campeonato de boxe.
Em 1925, publicou num semanário de
província os seus primeiros versos e narrativas.
Neo-realismo português
Nome maior do neo-realismo
português, Manuel da Fonseca afirma-se na literatura como romancista, poeta e
cronista, começando a sua actividade literária, muito jovem, como colaborador
de jornais e revistas – O Pensamento, Vértice, O Diabo, Seara Nova, Sol
Nascente - contribuindo com crónicas e contos. Como cenário do que escrevia
estava o Alentejo, as suas gentes, as suas vidas, as suas lutas. Toda a sua
obra é atravessada pelo Alentejo e pelo povo.
O primeiro livro de poemas de
Manuel da Fonseca, Rosa dos Ventos, e Planície, publicados respectivamente
nos
anos 1940 e 1941, são os primeiros passos da poesia neo-realista. A publicação
de “Rosa dos Ventos” em 1940, altura em que o neo-realismo na poesia não
conseguira ultrapassar a inconsistência de algumas tentativas exploratórias,
veio viabilizar uma alternativa ao presencismo dominante”. Da
sua obra como romancista destacam-se Cerromaior (1943) e Seara do Vento (1958),
duas das obras que melhor representam o neo-realismo português.
Escreveu vários contos: Aldeia
Nova (1942), O Fogo e as Cinzas (1951), Um Anjo no Trapézio (1968) e Tempo de
Solidão (1973) são os principais.
Fonte: Jornal Tornado