Bem-vindo ao blogue do Centro de Língua Portuguesa do Camões, IP na Universidade da Extremadura /Cáceres

Bienvenido al blog del Centro de Lengua Portuguesa del Camões, IP en la Universidad de Extremadura /Cáceres




20/03/18

Programa de Apoio à Edição 2018




O Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. apoia a edição, no estrangeiro, de obras de autores de língua portuguesa traduzidas para outros idiomas e de obras que versem temas da língua e da cultura portuguesas. 


Em 2018, serão consideradas prioritárias:
  • Obras a editar em alemão
  • Obras a editar em espanhol

Mais informações em Camões, IP

19/03/18

X Jornadas de Atualização Docente de Português






Estas Jornadas, organizadas pelo CPR de Cáceres, CEPE Espanha / Andorra e Centro de Língua Portuguesa - Camões IP na UEx de Cáceres, pretendem responder às necessidades de atualização didática no ensino/aprendizagem de português língua estrangeira, possibilitar a interação com outros especialistas e nativos em língua portuguesa e proporcionar conhecimento de métodos e técnicas de ação pedagógica no ensino da língua portuguesa na Extremadura. 
Com o auge das tecnologias comunicativas no ensino das línguas estrangeiras, a expressão escrita é um dos aspetos que tem vindo a perder terreno em favor da expressão oral. Diante da escassez de recursos disponíveis para professores de PLE para a efetiva e estimulante prática da escrita, estas jornadas pretendem fornecer estratégias para o desenvolvimento de escrita na aula de PLE, sem esquecer que oralidade e escrita configuram um continuum tipológico e que nenhuma delas deveria ser excluída do processo de ensino-aprendizagem.

 As inscrições realizam-se através da página do CPR de Cáceres.


Programa:

 6.ª feira, 13 de abril
17h00 – 17h15 – Receção
17h15 – 17h30 - Inauguração
17h30 – 20h00 – Ler para escrever – Margarida Fonseca

Sábado, 14 de abril
09h30 – 11h00 – Ver para escrever – Paula Isidoro
11h00 - 11h30 – Pausa (30min)
12h00 – 14h00 – Ouvir para escrever – Paula Isidoro
Almoço
16h00 – 18h00 – Escrever para aprender – Margarida Fonseca

 
 





14/03/18

Novos filmes na Biblioteca do CLP/C: "A Mulher que Acreditava Ser Presidente dos EUA"

A biblioteca do CLP/C apresenta o filme A Mulher que Acreditava Ser Presidente dos EUA de João Botelho. 

- Sobre o filme: 

 Esta é a história de uma mulher que vive em Lisboa, no cotovelo da Rua Washington, e que acredita mesmo, e de verdade, que é a Presidente dos Estados Unidos da América. A casa é pequena quando vista do exterior - talvez mesmo muitíssimo pequena - mas à medida da crença da sua inquilina, ela é enorme no seu interior, onde tem todas as condições para ser a Casa Branca. Que é como a mulher lhe chama, tal como fala na Sala Oval quando pensa na sala perfeitamente rectangular onde toma todas as suas importantes decisões. Nas vésperas do seu 37.º aniversário, e decidida a proporcionar a todas as mulheres do mundo um dia extraordinário e que lhe garanta a reeleição, ela atarefa-se na preparação de uma festa de arromba, entre sessões de beleza, entrevistas aos mais importantes órgãos de comunicação social, decisões de impacto planetário e discussões com a velha mãe (que mantém escondida na cave), ao mesmo tempo que se desmultiplica em ordens à inúmera legião de criadas e ao numeroso séquito de mulheres que constituem o núcleo duro de amigas politicamente fiéis. Para finalmente acabar nas inconfessáveis confissões à sua Secretária de Estado...


Legendado em português, françês e inglês.  

-Trailer:



Novos livros na Biblioteca do CLP/C: "Portugal"

A biblioteca do CLP/C tem o prazer de apresentar outro novo livro: Portugal,  de um dos autores mais importantes da literatura portuguesa,  Miguel Torga

-Sobre o livro:

Uma das paixões de Miguel Torga é conhecer Portugal. Desde os tempos de Leiria, percorre o país de lés a lés, registando as paisagens, os monumentos, os modos de falar, os sabores do pão e do vinho, a feição das gentes. Em finais dos anos 40 viaja de automóvel com um amigo igualmente entusiasta, Fernando Valle Teixeira, cuja família tem casa na Quinta da Raposeira, em Lamego.

As férias em Trás-os-Montes, a caça, as idas anuais às termas do Gerês são também meios de conhecer palmo a palmo, com uma erudição adquirida pelos pés, os socalcos do Douro, a povoação mais remota, a capelinha românica abandonada, o castro em ruínas, as fragas mais altas da Calcedónia. Em 1950 publica o livro Portugal, uma invenção de Portugal (na fórmula feliz de um crítico francês) que é a expressão dessa aprendizagem, dessa decifração e dessa compreensão da pátria.


-Sobre o autor: 


Miguel Torga é pseudónimo de Adolfo Correia da Rocha, autor de uma produção literária vasta e variada, largamente reconhecida. Nasceu em S. Martinho de Anta em 1907. Depois de uma experiência de emigração no Brasil durante a adolescência, cursou Medicina em Coimbra, onde passou a viver e onde veio a falecer em 1995. Foi poeta presencista numa primeira fase; a sua obra abordou temas bucólicos, a angústia da morte, a revolta, temas sociais como a justiça e a liberdade, o amor, e deixou transparecer uma aliança íntima e permanente entre o homem e a terra. Estreou-se com Ansiedades, destacando-se no domínio da poesia com Orfeu Rebelde, Cântico do Homem, bem como através de muitos poemas dispersos pelos dezasseis volumes do seu Diário; na obra de ficção distinguimos A Criação do Mundo, Bichos, Novos Contos da Montanha, entre outros. O Diário ocupa um lugar de grande relevo na sua obra. Também como escritor dramático, publicou três obras intituladas Terra Firme, Mar e O Paraíso. Recebeu o Prémio Camões em 1989 e o prémio Vida Literária (atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores) em 1992. 

Existem outros livros deste autor na biblioteca do CLP/C: 


Bichos

Incluído no Plano Nacional de Leitura, Bichos é um dos mais lidos e famosos livros de Miguel Torga.
A respeito desta obra dirigia-se ao leitor com as seguintes palavras:
«São horas de te receber no portaló da minha pequena Arca de Noé. Tens sido de uma constância tão espontânea e tão pura a visitá-la, que é preciso que me liberte do medo de parecer ufano da obra, e venha delicadamente cumprimentar-te uma vez ao menos. Não se pagam gentilezas com descortesias, e eu sou instintivamente grato e correcto. Este livro teve a boa fortuna de te agradar, e isso encheu-me sempre de júbilo. […]
És, pois, dono como eu deste livro, e, ao cumprimentar-te à entrada dele, nem pretendo sugerir-te que o leias com a luz da imaginação acesa, nem atrair o teu olhar para a penumbra da sua simbologia. Isso não é comigo, porque nenhuma árvore explica os seus frutos, embora goste que lhos
comam. Saúdo-te apenas nesta alegria natural, contente por ter construído uma barcaça onde a nossa condição se encontrou, e onde poderemos um dia, se quiseres, atravessar juntos o Letes […].» 

Contos da Montanha 

Miguel Torga publicou em 1941 o livro de contos Montanha, que imediatamente foi apreendido pela polícia política. Em carta de Abril desse ano, Vitorino Nemésio, solidarizando-se com o amigo, escreveu a propósito dessa apreensão: «Acho a coisa tão estranha e arbitrária que não encontro palavras. De resto, para quê palavras se nelas é que está o crime?» Mais tarde, em 1955, Miguel Torga fez uma segunda edição no Brasil, com o título Contos da Montanha. A edição da Pongetti circulou clandestinamente em Portugal, assim como a 3.ª edição, de 1962. Em 1968, a obra Contos da Montanha foi de novo publicada em Coimbra, em edição do autor.

Novos Contos da Montanha 

 

Esta obra retrata a dureza do mundo rural português recorrendo a uma linguagem simples mas cuidada.
Histórias que giram em torno de personagens duras e terrosas que têm como cenário de fundo a paisagem transmontana que ilustram o confronto do homem contra as leis divinas e terrestres que o aprisionam.







 Antologia Poética

 Excertos

"Querido Leitor:

Gostaria de conversar contigo alguns momentos no pórtico desta antologia. Para já, quero que saibas que hesitei muito antes de me decidir a organizá-la. Perguntava a mim mesmo se seria legítimo desirmanar cada um dos poemas que nela agora figuram dos outros com que emparelham em livros entendidos como unidades redondas. Temia, além disso, a precariedade do critério que os escolhesse. Nem sempre um autor é bom juiz em causa própria. […] Mas como a minha vida é um extenso rol de perplexidades e nunca saí de nenhuma em perfeita paz de espírito, resolvi averbar à conta mais uma parcela e levar a empresa por diante. É que, contra todas as razões, seduzia-me a perspectiva de reviver o longo caminho órfico que iniciei às cegas, calcorreei a tactear e estou em vias de concluir de olhos abertos, no espanto de quem vê finalmente, a plena luz, a fundura dos abismos a que desceu."

Fonte: www.wook.pt

12/03/18

DOCUCINE apresenta "Lisboetas" de Sérgio Tréfaut

Na próxima 4.ª feira, dia 14 de março, pelas 19h, será exibido "Lisboetas" de Sérgio Tréfaut, no Salón de Actos do Instituto de Lenguas Modernas de Cáceres.

Um documentário musical comovente sobre a vaga de imigração que mudou Portugal no virar do século. “Lisboetas” é uma janela aberta para novas realidades: modos de vida, mercados de trabalho, direitos, cultos religiosos, identidades. Uma viagem a uma cidade desconhecida.



Com legendas em espanhol.

MELHOR FILME PORTUGUÊS – INDIELISBOA
MELHOR DOCUMENTÁRIO – URUGUAY INTERNATIONAL FILM FESTIVAL
MELHOR DIRECÇÃO E MELHOR MONTAGEM – CINEPORT BRASIL
3 MESES EM EXIBIÇÃO NOS CINEMAS – PORTUGAL

Porque no porto nem tudo é vinho... 2.ª Colheita

O Centro de Língua Portuguesa do Camões, IP em Cáceres tem o prazer de informar que vai decorrer em abril e maio a segunda edição do curso de português avançado “Porque no Porto nem tudo é vinho...”.

Este curso é organizado pelo Centro de Língua Portuguesa do Camões, IP e pela  Área de Filologias Galega e Portuguesa da Faculdade de Filosofia e Letras da UEx, e destina-se a pessoas com um nível avançado de português (C1/C2 do QECR).

As sessões decorrerão em abril e maio, das 18h00 às 20h00, no CLP/C (Av. Virgen de la Montaña, nº 14, Cáceres) com o seguinte calendário:

9 e 11 de abril (2.ª e 4.ªf);
16 e 18  de abril (2.ª e 4.ªf);
25 de abril ( 4.ªf);
2 de maio (4.ªf);
7 e 9 de maio (2.ª e 4.ªf).



As inscrições são limitadas. 

Os interessados deverão formalizar a sua inscrição, até dia 28 de março, através do preenchimento do formulário de inscrição disponível em http://bit.ly/2txAWbL .  

07/03/18

"Pessoa. Todo arte es una forma de literatura"



A mostra "Pessoa. Todo arte es una forma de literatura" está em exibição no Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía de 7 de fevereiro a 7 de maio de 2018.


No âmbito da mostra, terá lugar dia 7 de março a segunda sessão do programa "Pessoa: historia breve del arte moderno" que acompanha e complementa a exposição que o Museo Reina Sofía dedica à vanguarda portuguesa.
Esta sessão, com o título "Plural como el universo. Pessoa y los heterónimos" aborda a prática da heteronímia na obra do escritor, que conta com mais de 100 heterónimos.
 José de Almada Negreiros, Retrato de Fernando Pessoa, 1964.
 Museu Calouste Gulbenkian
 Coleção Moderna. © Almada Negreiros, VEGAP, Madrid, 2017


05/03/18

Novos filmes na Biblioteca do CLP/C: "O Fatalista"

A biblioteca do CLP/C apresenta O Fatalista de João Botelho. 

-Sobre o filme:

Tudo o que de bem ou de mal nos acontece "cá em baixo", está escrito "lá em cima". É essa a frase que Tiago (Rogério Samora), motorista de condição, não se cansa de repetir para justificar as suas surpreendentes acções. Tiago vai conduzindo o seu patrão (André Gomes) através de um estranho Portugal e ao mesmo tempo vai contando a delirante e interminável história dos seus amores. "O Fatalista" é uma adaptação livre de "Jacques Le Fataliste" de Diderot, dirigida por João Botelho. 




Legendado em português, françês, italiano e inglês.

-Trailer:


Novos livros na Biblioteca do CLP/C: "A Cidade de Ulisses"

A bilioteca do CLP/C  informa que A Cidade de Ulisses de Teolinda Gersão está disponível para ser requisitado.

- Sobre o livro:

Um homem e uma mulher encontram-se e amam-se em Lisboa. A sua história, que é também uma história de amor por uma cidade, levará o leitor a percorrer múltiplos caminhos, entre os mitos e a História, a realidade e o desejo, a literatura e as artes plásticas, o passado e o presente, as relações entre homens e mulheres, a crise civilizacional e a necessidade de repensar o mundo.

«Os turistas vão à procura de lugares para fugirem de si próprios, e logo os trocam por outros e fogem para mais longe. Os viajantes vão à procura de si noutros lugares, e nenhum esforço lhes parece demasiado e nenhum passo excessivo, tão grande é o desejo de chegarem ao seu destino. Com sorte conseguem encontrar a cidade que procuram. Ao menos uma vez na vida.»


 -Sobre a autora: 




Teolinda Gersão estudou nas universidades de Coimbra, Tübingen e Berlim, foi leitora de português na Universidade Técnica de Berlim e professora catedrática da Universidade Nova de Lisboa, onde ensinou Literatura Alemã e Literatura Comparada. A partir de 1995 passou a dedicar-se exclusivamente à escrita literária. Viveu três anos na Alemanha, dois anos em São Paulo, Brasil, e conheceu Moçambique, onde se passa o romance A árvore das palavras (1997). Foi escritora-residente na Universidade de Berkeley em 2004. É autora de vários livros de ficção, traduzidos em 11 línguas. Foram-lhe atribuídos os seguintes prémios: por duas vezes o Prémio de Ficção do PEN Clube (O silêncio, 1981, e O cavalo de sol, 1989), o Grande Prémio de Romance e Novela da APE (A casa da cabeça de cavalo, 1995), o Prémio Fernando Namora (Os teclados, 1999), o Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco (Histórias de ver e andar, 2002), o Prémio Máxima de Literatura (A mulher que prendeu a chuva e outras histórias, 2008), o Prémio da Fundação Inês de Castro (2008), o Prémio Ciranda e o Prémio da Fundação António Quadros (A Cidade de Ulisses, 2011), o Prémio Fernando Namora (Passagens, 2014) e o Prémio Literário Vergílio Ferreira 2017 pelo conjunto da sua obra. Alguns dos seus livros foram adaptados ao teatro e encenados em Portugal, Alemanha e Roménia. 

Existem outros livros desta autora na biblioteca do CLP/C.

 Prantos, Amores e Outros Desvarios

 A morte de um homem amado; o pranto de uma mulher que falha uma promessa e se julga castigada; uma mãe, uma filha e o cheiro venenoso das acácias; uma mulher que se extravia dentro dos seus sonhos; aquele elevador com alguém preso lá dentro; o futebol, implacável jogo bravo; setenta e cinco rosas cor de salmão, seguras por um laço de seda e embrulhadas em papel de prata; solidariedade machista, conselhos de um velho a um rapaz; uma água-marinha que traz uma mensagem; não cobiçar as coisas alheias; uma teia de enredos, e a Alice que caiu num buraco do qual dificilmente conseguirá sair.
Catorze contos extraordinários, de uma das autoras mais consagradas e inquietantes da literatura actual, que nunca deixa de nos surpreender com a acutilância e profundidade da sua escrita.


 O Mensageiro e Outras Histórias com Anjos

O Amor, a morte, a revelação: situações limite, que figuras de anjos atravessam. Três histórias do sobrenatural? Não, ou pelo menos não necessariamente. O que nestas histórias nos deslumbra (ou nos perturba) é porventura apenas a descoberta do ser humano.
À obra de Teolinda Gersão foi atribuído por duas vezes o Prémio de Ficção do P. E. N. Clube (1981 e 1989), o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores (1995), o Prémio da Critica da Associação Internacional de Críticos Literários (1999), o Prémio Fernando Namora (1999) e o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco A.P.E./C.M de Vila Nova de Famalicão (2003).








Fonte: www.wook.pt


01/03/18

XIV MARATONA DE LEITURA EM PORTUGUÊS

O CLP/C e o Centro Municipal de Juventud (Ayuntamiento de Cáceres) organizam, no próximo dia 27 de abril, na Praça de São Jorge (Cáceres), mais uma edição da Maratona de Leitura em Língua Portuguesa.
São já 14 anos a ler em português e por esse motivo queremos contar mais uma vez com a vossa participação.

Este ano, a XIV Maratona de Leitura em Língua Portuguesa tem como tema o 20.º aniversário do Prémio Nobel de Literatura José Saramgo e a participação pode ser presencial ou através de um vídeo. 

Como é habitual os alunos de português da cidade de Cáceres participarão neste evento, mas o convite para participar é extensível a todos os alunos de português e a todos aqueles que gostam de português, de literatura portuguesa e, claro está, de José Saramago.

Toda a informação sobre como participar pode ser consultada na página da maratona: http://maratonadeleitura.ayto-caceres.es/




Novos filmes na Biblioteca do CLP/C: "Montanha"

A biblioteca do CLP/C apresenta Montanha de João Salaviza.

- Sobre o filme:

É Verão em Lisboa. David, de 14 anos, foi criado com a mãe e o avô. Quando o velho senhor fica gravemente doente e é hospitalizado, a mãe decide passar lá as noites, esperando o momento da inevitável morte. David recusa-se a entrar no hospital ou a encarar a possibilidade da partida do homem que o criou. O vazio pela falta do avô e da mãe obriga o rapaz a tornar-se o homem da casa e a entrar precocemente na idade adulta...

Estreado no Festival de Cinema de Veneza, um filme sobre as dores do crescimento que marca a estreia de João Salaviza na longa-metragem depois de “Arena” (2009, Palma de Ouro em Cannes), “Cerro Negro” (2011) e "Rafa" (2012, Urso de Ouro em Berlim).


Trailer: 





Novos livros da Biblioteca do CLP/C: "Fronteiras Perdidas" e "Estação das Chuvas"

O CLP/C apresenta Fronteiras Perdidas e Estação das Chuvas, de José Eduardo Agualusa. 

Sobre os livros: 

- Fronteiras Perdidas

 Um morto da guerra descansa numa caneca de leite, a meio da noite, em Luanda. Está um passageiro transformado em serpente no lavabo de um avião. Um elevador, no Recife, foi desviado para Cuba por alturas do quarto andar. Um hotel em que alguém afirma que dormiu está abandonado há anos. E Plácido Domingo contempla o rio, em Corumbá. O sonho, o delírio, a vergonha, a fé, a pele, a memória, o feitiço, o nome, o ódio e a entrega são territórios de exílio e, nessa condição, lugares de morança. 
Misturam-se com uma fluidez voraz: são fronteiras perdidas, linhas de vida de outra maneira, um catálogo de paisagens oníricas. Histórias que não são visíveis mas são visitáveis. Este livro é um caminho para elas e encerra pequenas sabedorias, sendo a maior: não existem sítios, apenas posições. E como diz um dos percursos: «Não há mais lugar de origem.» 




Estação das Chuvas


Biografia romanceada de Lídia do Carmo Ferreira, poetisa e historiadora angolana, misteriosamente desaparecida em Luanda, em 1992, após o recomeço da guerra civil, transporta-nos desde o início do século até aos nossos dias através de um cenário violento e inquietante. Um jornalista (o narrador) tenta descobrir o que aconteceu a Lídia, reconstruindo o seu passado e recuperando a história proibida do movimento nacionalista angolano; pouco a pouco, enquanto a loucura se apropria do mundo, compreende que o destino de Lídia já não se distingue do seu. 


 



- Sobre o autor:


José Eduardo Agualusa nasceu na cidade do Huambo, em Angola, a 13 de dezembro de 1960. Estudou Agronomia e Silvicultura em Lisboa. É jornalista. Viveu em Lisboa, Luanda, Rio de Janeiro e Berlim. É autor dos livros A Conjura (romance, 1988), Prémio Revelação Sonangol, A Feira dos Assombrados (contos, 1992), Estação das Chuvas (romance, 1996), Nação Crioula (romance, 1998), Grande Prémio de Literatura RTP, Fronteiras Perdidas (contos, 1999), Grande Prémio de Conto da APE, A Substância do Amor e Outras Crónicas (crónica, 2000), Estranhões e Bizarrocos, com Henrique Cayatte, (infantil, 2000), Prémio Nacional de Ilustração e Grande Prémio de Literatura para Crianças da Fundação Calouste Gulbenkian, Um Estranho em Goa (romance, 2000), O Ano Que Zumbi Tomou o Rio (romance, 2002), O Homem Que Parecia Um Domingo (contos, 2002), Catálogo de Sombras (contos, 2003) e O Vendedor de Passados (romance, 2004). As suas obras estão traduzidas para diversas línguas europeias. 


   Na biblioteca do CLP/C existem outros livros deste autor:


 O Ano em Que Zumbi Tomou o Rio


Os morros do Rio de Janeiro estão a arder. Aproxima-se o dia em que a guerra descerá sobre os bairros ricos da cidade. Um antigo coronel do Ministério da Segurança de Estado de Angola, que trocou o seu país pelo Brasil, fugindo às armadilhas de um amor feroz e ao tormento da memória, prepara esse dia. Um jornalista mergulha no incêndio dos morros cariocas em busca de respostas a perguntas que poucos se atrevem a colocar. Tudo isto acontece agora. Zumbi, o mítico herói do Quilombo de Palmares, voltou para tomar o Rio.


 Catálogo de Sombras

 Fernando Pessoa exilado interessa-se pelo candomblé. Descendentes de um marinheiro de Vasco da Gama, em Malindi, no Quénia, cantam a História para melhor a preservarem. Numa praia de Pernambuco, um pescador sonha uma baleia e lança-a ao mar. O filho de um oficial de Nicolau II, o último czar da Rússia, atravessa o Sul de Angola carregando uma velha máquina de projetar. Viaja de bicicleta, com o seu ajudante, o jovem James Dean, entre o Lubango e a Humpata, entre a Huila e a Chibia. Leva um lençol branco, prende-o à parede de uma cubata, prepara o projetor e passa o filme; James Dean pedala a sessão inteira para produzir a eletricidade. São sombras à deriva. Homens que caem em direção à luz. 


D. Nicolau Água-Rosada e Outras Estórias Verdadeiras e Inverosímeis

O conjunto de contos aqui reunidos organiza-se, na sua aparente diversidade, com uma coerência estruturada por uma espécie de «lógica onírica», onde as paisagens históricas, sociais, metafísicas e morais, confluem numa operação de invenção imaginária.

... O primeiro grupo de contos, estórias acontecidas, fundamenta-se em acontecimentos históricos, como é o caso da vida de D. Nicolau Água-Rosada, príncipe do Reino do Congo, ou ainda em acontecimentos do quotidiano noticiados em jornais, factos cuja importância a selecção mais ou menos arbitrária da história não memorizou, mas entre uns e outros um mesmo processo se desenvolve: o carácter surpreendente da sua aparente normalidade.
... Procura-se mostrar o momento em que a história se transforma em literatura, em artifício, e o modo como a subjectividade do narrador que, voluntariamente vai ficcionalizando a história, faz com que o facto literário ganhe precedente sobre o histórico, ou o ilumine com a imaginação intemporal da visão onírica. Nesta perspectiva, qual será a memória com que o leitor ficará acerca de D. Nicolau, será a do príncipe morto a machete ou a que nos sugere o conto, teatralmente flutuante junto à lua, qual ícaro prestidigitador que permanece sonhando os movimentos ascensionais de vôo em direcção à liberdade e à autonomia?

Ana Mafalda Leite (no posfácio a este livro)


 O Vendedor de Passados

Félix Ventura escolheu um estranho ofício: vende passados falsos. Os seus clientes - prósperos empresários, políticos, generais, enfim, a emergente burguesia angolana - têm o futuro assegurado. Falta-lhes, porém, um bom passado. Félix fabrica-lhes uma genealogia de luxo e memórias felizes, e consegue-lhes os retratos dos ancestrais ilustres. 
A vida corre-lhe bem. Uma noite entra-lhe em casa, em Luanda, um misterioso estrangeiro à procura de uma identidade angolana. Então, numa vertigem, o passado irrompe pelo presente e o impossível começa a acontecer. Sátira feroz, mas divertida e bem-humorada, à atual sociedade angolana, O Vendedor de Passados é também (ou principalmente) uma reflexão sobre a construção da memória e os seus equívocos.


 As Mulheres do Meu Pai

Ao morrer, o famoso compositor angolano Faustino Manso deixou sete viúvas e dezoito filhos. A filha mais nova, Laurentina, realizadora de cinema, tenta então reconstruir a atribulada vida do falecido músico. Em As Mulheres do Meu Pai, realidade e ficção correm lado a lado, a primeira alimentando a segunda. Nos territórios que José Eduardo Agualusa atravessa, porém, a ficção participa da realidade. As quatro personagens do romance que o autor escreve, enquanto viaja, vão com ele de Luanda, capital de Angola, até Benguela e Namibe.

Cruzam as areias da Namíbia e as suas povoações-fantasma, alcançando finalmente Cape Town, na África do Sul. Continuam depois, rumo a Maputo, e de Maputo a Quelimane, junto ao rio dos Bons Sinais - e dali até à ilha de Moçambique. Percorrem, nesta deriva, paisagens que fazem fronteira com o sonho, e das quais emergem, aqui e ali, as mais estranhas personagens. As Mulheres do Meu Pai é um romance sobre mulheres, música e magia.

Nestas páginas anuncia-se o renascimento de África, continente afetado por problemas terríveis, mas abençoado pelo talento da música, o sempre renovado vigor das mulheres e o secreto poder de deuses muito antigos.


 A Rainha Ginga

 A Rainha Ginga, conta a vida fantástica de Dona Ana de Sousa, a Rainha Ginga (1583-1663), cujo título real em quimbundo, "Ngola", deu origem ao nome português para aquela região de África.
É a história de uma relação de amor e de combate permanente entre Angola e Portugal, narrada por um padre pernambucano que atravessou o mar e recorda personagens maravilhosos e esquecidos da nossa história - tendo como elemento central a Rainha Ginga e o seu significado cultural, religioso, étnico e sexual para o mundo de hoje. 



 Um Estranho em Goa

 
Um escritor parte para Goa à procura de uma lenda - o Comandante Maciel, de seu verdadeiro nome Plácido Afonso Domingo, antigo comandante de guerrilhas, em Angola, ou, segundo outras versões, um agente infiltrado da polícia política portuguesa. O que encontra é uma lenda maior, e muitíssimo mais fascinante. Um Estranho em Goa é um roteiro por um território antiquíssimo, onde a realidade e a magia se passeiam de mãos dadas.
"O Diabo nunca anda muito longe do Paraíso" - lembra um dos personagens. Neste maravilhoso romance - que é, também, uma biografia do Diabo -, ele pode estar em toda a parte. O que une, afinal, um traficante de relíquias religiosas, uma bela e misteriosa historiadora de arte, especializada na recuperação de livros antigos, ou um sedutor empresário neopagão? E quem é Plácido Domingo?

Fonte: www.wook.pt